Reabilitação de Pessoas com Amputação: Como o Fisiatra Conduz a Protetização e o Treinamento Funcional

A perda de um membro é um evento que transforma profundamente a vida de uma pessoa, exigindo uma jornada de reabilitação complexa e multifacetada. Neste processo, o médico Fisiatra (Especialista em Medicina Física e Reabilitação) assume um papel central: o de coordenador clínico de todo o time de reabilitação e, principalmente, o de especialista em protetização.

O objetivo final não é apenas a adaptação física, mas a restauração máxima da função, da independência e da qualidade de vida.

O Fisiatra: O Arquiteto da Reabilitação Pós-Amputação

A participação do Fisiatra começa idealmente antes ou logo após a cirurgia (amputação), estendendo-se por toda a vida do paciente.

1. A Preparação Imediata e o Manejo da Dor

Logo no início, o Fisiatra é responsável por:

  • Manejo da Dor: tratar a dor aguda e, principalmente, a dor do membro fantasma (sensação de que o membro ainda está presente, mas com dor), que exige abordagens específicas.
  • Cuidados com o Coto: orientar sobre o posicionamento correto, bandagens e massagens para reduzir o edema (inchaço), moldar o formato e preparar o coto para o encaixe futuro da prótese.
  • Fortalecimento e Condicionamento: iniciar exercícios para fortalecer os músculos remanescentes e os músculos do tronco, que serão essenciais para controlar a prótese.

2. A Escolha e a Prescrição da Prótese (Protetização)

Este é um dos momentos mais críticos, e o Fisiatra é o profissional habilitado e treinado para fazer a indicação técnica da prótese mais adequada.

Importante: o Fisiatra não é o técnico que fabrica a prótese (esse é o papel do Protético/Ortesista), mas é ele quem faz a avaliação biomecânica e a prescrição correta.

A indicação leva em conta diversos fatores:

  • Nível da Amputação: determina os componentes protéticos necessários.
  • Estilo de Vida e Objetivos: se o paciente busca caminhar em casa, praticar esportes ou retornar ao trabalho.
  • Condições de Saúde: avaliação da força muscular e da saúde da pele.
  • Componentes Tecnológicos: prescrição de joelhos (mecânicos ou microprocessados), pés (de resposta dinâmica, hidráulicos) e encaixes (convencionais ou a vácuo) que melhor se adaptem ao paciente.

3. Treinamento Funcional e Inclusão

Após a confecção da prótese pelo Protético, o Fisiatra coordena a fase de treinamento em conjunto com o Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional:

  • Treino de Marcha (para membros inferiores): ensinar o paciente a utilizar a prótese, corrigir padrões de marcha compensatórios e garantir a segurança ao caminhar em diferentes superfícies.
  • Adaptação ao Encaixe: monitorar o conforto e o ajuste da prótese, indicando eventuais modificações.
  • Treino de Habilidades (para membros superiores): ensinar o uso de próteses funcionais ou estéticas para tarefas cotidianas.

O Fisiatra acompanha o paciente a longo prazo, realizando ajustes na prescrição, tratando o desgaste do coto e garantindo a manutenção da funcionalidade ao longo dos anos.

A reabilitação é uma maratona, não uma corrida. Ao buscar o Dr. Marcelo Riberto, Médico Fisiatra, você garante uma avaliação experiente e a condução especializada do seu processo de protetização e o treinamento necessário para retomar sua independência.